sábado, 27 de novembro de 2010

Eixo VIII


No oitavo semestre, realizei meu estágio curricular com uma turma de 2º ano do ensino fundamental, na escola Estadual de Educação Básica Professor Hermenegildo  

Cabe aqui ressaltar que durante todo o período, muitas foram às aprendizagens, descobertas e reconstruções dos saberes pedagógicos.

A realização do estagio foi desafiador, inovador, pois colocar em prática as teorias estudadas e aprendidas, onde o aluno é motivado a ir á busca de sua própria aprendizagem, de acordo com seu ritmo, muitos questionamentos vinham á tona, principalmente se iria conseguir alcançar os objetivos desejados.

O educador não traz respostas, apenas incentiva, orienta, faz o aluno sentir vontade de aprender, mas ambos pesquisam e aprendem juntos.

Então, no primeiro dia de aula, proporcionei aos alunos um momento de imaginação, a fim de que relatassem suas curiosidades. Sendo assim mostrei a capa do livro “curiosidade premiada”, e indaguei os alunos, a respeito do que a história poderia nos contar.

 A seguir contei a história e perguntei aos alunos, o que gostariam de aprender, descobrir. As respostas foram: aprender contas de menos, escrever letra cursiva, espanhol, inglês. Então fiquei pensando “será que não vai surgir nada, algo que se direcione a uma pesquisa.??”. Na verdade as crianças foram bem sinceras respondendo o que tinham interesse em aprender. Esperava que citassem mais coisas, além destas.

Sendo assim fui perguntando, o que mais tinham interesse em aprender, para que surgissem perguntas. Foi então que começaram a surgir: como se planta uma fruta e uma flor? Quero aprender sobre as frutas? Qual é a fruta mais importante? Como nascem os legumes as frutas? Como se nasce o feijão? Quais as partes de uma planta? As partes do corpo dos Animais: Dinossauros, macaco, tubarão, coruja, hipopótamo.

Com as perguntas citadas pelos alunos, poderia ter iniciado o PA, mas não foi bem isso que aconteceu. Diante as perguntas dos alunos, fiquei com receio de encarar o mesmo. Não pelas perguntas, mas o modo que iria proceder. Pensava que não iria conseguir trabalhar com mais de um assunto com uma turma de 2º ano. Na verdade, neste momento, entra a questão do medo, de encarar o novo. Então optei em primeiro explorar bastante o texto, como por ex: dramatizando o texto, realizando um bingo com as palavras referentes ao livrinho.

Os objetivos para esta atividade era que meu aluno fosse capaz de se expressar oralmente, apontando suas curiosidades.

Fazendo uma análise reflexiva, os alunos conseguiram desenvolver os objetivos propostos para esta temática, pois fizeram o levantamento de perguntas, destacando suas curiosidades.

Na terceira semana as incertezas continuaram em relação ao trabalho com projetos de aprendizagem, mesmo tendo a certeza que o trabalho com PA seja o mais produtivo e rico em aprendizagens, pois nós alunas ( os ) da UFRGS, tivemos o prazer de desfrutar desse imenso trabalho, a qual resultou grandes frutos. Então como ainda me sentia insegura de realizar o mesmo (PA) com meus alunos e sabendo que não devemos trabalhar sem uma proposta, pois as aulas ficam soltas, sem sentido, construi o projeto “alimentação saudável”

O presente projeto estava de certa forma vinculada com as duvidas de meus alunos, citadas na primeira semana, a qual poderia ser eliminada, transformando em certezas no percorrer do percurso

Sendo assim, proporcionei por meio da arquitetura escolhida, situações onde os mesmos se sentiam desafiados, motivados diante as atividades propostas, com a finalidade de adquirirem aprendizagem de uma forma prazerosa, auxiliando em novas descobertas. Para isso utilizei passeio na horta, entrevistas com a família, confecção de cartazes, leituras, produção de texto, atividades em grupo e em dupla, jogos, caderno de receitas, atividades com rótulos, construção de uma horta na escola....

Segundo Paulo Freire “ensinar não é transmitir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua produção ou sua construção”. O professor precisa atuar como um ser mediador no processo de ensino-aprendizagem, propor desafios a serem alcançados, não dando respostas, mas incentivando a novas buscas.

Um comentário:

Rosângela disse...

Oi Adriana,

Lamento que tenha faltado coragem para se aventurar na construção de PAs. Imagino que seria uma ótima oportunidade de aprendizagem. De qualquer utilizaste outra arquitetura pedagógica que te permitiu articular diferentes áreas do conhecimento. Pelas atividades que pontuaste é possível perceber que proporcionasses práticas interessantes, lúdicas, desafiadoras. Parabéns!

Beijos, Rô Leffa.