sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Postagem de Dezembro

Para finalizar com as postagens, gostaria de fazer algumas considerações em relação ao processo desenvolvido neste blog.
No eixo IX, foi proposto pelo seminário integrador que retornassem as interdisciplinas e fizesse uma postagem reflexiva semanal tendo como meta:
• Rever o processo histórico das suas aprendizagens, através do estudo das postagens realizadas ao longo do curso.
• Identificar competências desenvolvidas neste (per)curso e seus reflexos nas práticas pedagógicas e no seu estágio.
• Estabelecer redes de relações entre os conceitos presentes nas diferentes postagens e nas interdisciplinas que marcaram os propósitos teórico-práticos do curso, daquele período.

Sendo que no mês de setembro deveria ser analisado o eixo I, II e III; outubro o eixo IV, V e VI; novembro o eixo VII e VIII; Dezembro uma postagem única, com as considerações finais sobre o processo desenvolvido no blog.
Diante disso, confesso que pensava que não iria conseguir rever todas as interdisciplinas, mas ao concluir as postagens referentes às mesmas, poço dizer que sou capaz disso e muito mais, tanto que construi muitas aprendizagens diante delas, possibilitando um olhar diferente aos trabalhos, tanto que se fosse hoje faria de outra forma, tanto os trabalhos quanto as postagens do portfólio.
Retornar aos eixos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII foi muito bom, pois ver como fazia os trabalhos, como pensava, me fez perceber o quanto cresci em minhas produções.
O crescimento foi e esta sendo muito importante tanto para minha vida profissional quanto pessoal.
Durante a caminhada, muitos tropeços, erros e acertos se fizeram presente, mas foi necessário para que assim pudesse crescer em minhas aprendizagens.
Com finalização de mais uma etapa, me sinto muito grata a tudo que ele me proporcionou. Várias foram os momentos em que fraquejei, pensando até em desistir, mas meus objetivos falaram mais alto. Devo reconhecer que essa persistência deve-se muito aos meus colegas e professores que se dispuseram a estar do meu lado.
Chegar até aqui é apenas compreender que na verdade nossos maiores desafios estão apenas começando. O mundo lá fora nos espera. E honrar este compromisso com nossas crianças é a maior satisfação que o curso pode nos proporcionar.
Sinto-me apta a atender o que exige nossa sociedade, e a transformar crianças em pequenos cidadões. Este é o primeiro passo de um longo caminho a percorrer.
Mas uma vez fica meu agradecimento a equipe do PEAD que se fez presente em nossas vidas, nestes últimos quatro anos.

sábado, 27 de novembro de 2010

Eixo VIII


No oitavo semestre, realizei meu estágio curricular com uma turma de 2º ano do ensino fundamental, na escola Estadual de Educação Básica Professor Hermenegildo  

Cabe aqui ressaltar que durante todo o período, muitas foram às aprendizagens, descobertas e reconstruções dos saberes pedagógicos.

A realização do estagio foi desafiador, inovador, pois colocar em prática as teorias estudadas e aprendidas, onde o aluno é motivado a ir á busca de sua própria aprendizagem, de acordo com seu ritmo, muitos questionamentos vinham á tona, principalmente se iria conseguir alcançar os objetivos desejados.

O educador não traz respostas, apenas incentiva, orienta, faz o aluno sentir vontade de aprender, mas ambos pesquisam e aprendem juntos.

Então, no primeiro dia de aula, proporcionei aos alunos um momento de imaginação, a fim de que relatassem suas curiosidades. Sendo assim mostrei a capa do livro “curiosidade premiada”, e indaguei os alunos, a respeito do que a história poderia nos contar.

 A seguir contei a história e perguntei aos alunos, o que gostariam de aprender, descobrir. As respostas foram: aprender contas de menos, escrever letra cursiva, espanhol, inglês. Então fiquei pensando “será que não vai surgir nada, algo que se direcione a uma pesquisa.??”. Na verdade as crianças foram bem sinceras respondendo o que tinham interesse em aprender. Esperava que citassem mais coisas, além destas.

Sendo assim fui perguntando, o que mais tinham interesse em aprender, para que surgissem perguntas. Foi então que começaram a surgir: como se planta uma fruta e uma flor? Quero aprender sobre as frutas? Qual é a fruta mais importante? Como nascem os legumes as frutas? Como se nasce o feijão? Quais as partes de uma planta? As partes do corpo dos Animais: Dinossauros, macaco, tubarão, coruja, hipopótamo.

Com as perguntas citadas pelos alunos, poderia ter iniciado o PA, mas não foi bem isso que aconteceu. Diante as perguntas dos alunos, fiquei com receio de encarar o mesmo. Não pelas perguntas, mas o modo que iria proceder. Pensava que não iria conseguir trabalhar com mais de um assunto com uma turma de 2º ano. Na verdade, neste momento, entra a questão do medo, de encarar o novo. Então optei em primeiro explorar bastante o texto, como por ex: dramatizando o texto, realizando um bingo com as palavras referentes ao livrinho.

Os objetivos para esta atividade era que meu aluno fosse capaz de se expressar oralmente, apontando suas curiosidades.

Fazendo uma análise reflexiva, os alunos conseguiram desenvolver os objetivos propostos para esta temática, pois fizeram o levantamento de perguntas, destacando suas curiosidades.

Na terceira semana as incertezas continuaram em relação ao trabalho com projetos de aprendizagem, mesmo tendo a certeza que o trabalho com PA seja o mais produtivo e rico em aprendizagens, pois nós alunas ( os ) da UFRGS, tivemos o prazer de desfrutar desse imenso trabalho, a qual resultou grandes frutos. Então como ainda me sentia insegura de realizar o mesmo (PA) com meus alunos e sabendo que não devemos trabalhar sem uma proposta, pois as aulas ficam soltas, sem sentido, construi o projeto “alimentação saudável”

O presente projeto estava de certa forma vinculada com as duvidas de meus alunos, citadas na primeira semana, a qual poderia ser eliminada, transformando em certezas no percorrer do percurso

Sendo assim, proporcionei por meio da arquitetura escolhida, situações onde os mesmos se sentiam desafiados, motivados diante as atividades propostas, com a finalidade de adquirirem aprendizagem de uma forma prazerosa, auxiliando em novas descobertas. Para isso utilizei passeio na horta, entrevistas com a família, confecção de cartazes, leituras, produção de texto, atividades em grupo e em dupla, jogos, caderno de receitas, atividades com rótulos, construção de uma horta na escola....

Segundo Paulo Freire “ensinar não é transmitir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua produção ou sua construção”. O professor precisa atuar como um ser mediador no processo de ensino-aprendizagem, propor desafios a serem alcançados, não dando respostas, mas incentivando a novas buscas.

Eixo VII

Analisando as interdisciplinas referentes ao eixo VII (Seminário integrador VII; didática, planejamento e avaliação; Linguagem e educação; Educação de jovens e Adultos no Brasil; LIBRAS), destaco a interdisciplina Didática, planejamento e avaliação que vem ao encontro de meu TCC e a Linguagem e educação que contribuiu para meu estágio curricular.

Linguagem e educação

Segundo o texto “contar ouvir e recriar  “ do Jornal Letra A – Março/Abril de 2010” que: A contação desenvolve o interesse das crianças pelas diferentes narrativas e também estimula a criatividade”.

Contar histórias de uma forma lúdica e divertida é uma ótima maneira de incentivar a criatividade e despertar o interesse das crianças pela leitura.

Existem muitos meios/metodologia de se contar histórias (livros, fantoches, álbum seriado, cd, slides no computador..;), através dos quais consegue prender a atenção das crianças, de modo que descobrem o mundo e vivem sonhos através se sua imaginação.

Em meu estagio curricular, procurei proporcionar a meus alunos momentos em que eles pudessem ouvir histórias de varias maneiras, como foi citado anteriormente.

 

Didática, planejamento e Avaliação

Relendo o texto “Planejamento em busca de caminhos” de Maria Bernadete de Castro Rodrigues, recordei de meu estagio do curso de magistério, onde para planejar era preciso imaginar quais as reações das crianças diante determinada atividade, e até mesmo de suas respostas. Assim os planejamentos ficavam a cargo do “puro pensamento hipotético”.

Hoje em minha prática docente cotidiana, entendo que o planejamento não é uma “chatice” ou “burocracia”, mas sim uma necessidade.

Maria Bernadete de Castro Rodrigues, no texto “planejamento em busca de caminhos”, ressalta que:

Planejamento é processo  constante através do qual a preparação, a realização e o acompanhamento se fundem, são indissociáveis.”

Outra preocupação muito grande, era em relação aos verbos, qual que se enquadravam melhor nos objetivos.

Hoje vejo isso de outra forma. Considero os objetivos de extrema importância, assim como os demais itens: conteúdo, estratégias, a avaliação, contextualização, recursos, enfim todos os elementos que se fazem presente dentro de um projeto e plano de aula. Mas procuro olhar para estes, de outra maneira, onde considero importante planejar e analisar o que será proposto durante a aula, no dia - a – dia, ou seja, o que iremos trabalhar (conteúdos), porque queremos trabalhar (objetivos), onde queremos chegar e por onde começar (contextualização) e o que foi produtivo para os alunos em termos de aprendizagens e da própria reflexão a partir das atividades propostas (avaliação), ao invés de explicar detalhadamente os verbos, objetivos e desenvolvimento.

O diário de classe é fundamental para a realização de um planejamento. É nele que planejo e organizo as atividades que pretendo trabalhar em cada aula; faço registros dos acontecimentos marcantes e observações nas aulas não realizadas por algum motivo.

Madalena freire defende que:

O diário de classe do professor também desempenha um papel importante para o planejamento, pois este se faz e se refaz dinamicamente, na pratica. (1983:77) ( p.72)

 

“O diário torna-se importante instrumento de reflexão constante da prática do professor. Através dessa reflexão diária ele avalia e planeja sua prática. É também importante documento, onde o vivido é registrado, com a colaboração dos alunos. Neste sentido, educador e educando, juntos, repensa sua prática” (p. 72).

 

  Assim os planos de aula tornam como um instrumento de trabalho, de modo que mostram que caminho deve seguir para alcançar meus objetivos almejados.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Eixo VI

Ao retornar ao VI eixo, pude fazer uma reflexão sobre as interdisciplina (Seminário Integrador vI, desenvolvimento e aprendizagem sob o enfoque da psicologia II, Educação de pessoas com necessidades educacionais especiais, Filosofia da educação, questões étnico-raciais na educação: sociologia e história).

Todas estas interdisciplina citadas são importantes para o conhecimento de um educador, pois de uma forma ou de outra elas nos fazem refletir sobre nossos atos, a fim de modificá-los.

Mas neste eixo irei destacar a interdisciplina de filosofia, pois esta contribui muita para refletir diante das atitudes incorretas exercidas pelos professores e pais que de modo dão importância para a formação acadêmica (conteúdos) e não para a formação moral, como diz no texto de Adorno “A educação só teria pleno sentido como educação para a auto-reflexão crítica”.

Para formar indivíduos responsáveis, educados é necessário que os educadores, pais, responsáveis pelas crianças demonstrem bons exemplos, pois os mesmos iram seguir seus passos.

Outro aspecto que a interdisciplina contribuiu foi aprender a respeitar o pensamento do outro, seus princípios.

Destaco aqui a importância da leitura do texto “Educação após Auschwitz” de Adorno sobre a educação a fim de tomar atitudes corretas, sem injustiças e discriminações, deste modo podemos transformar a nossa civilização, fazendo com que prevaleça a justiça, a participação, combatendo a barbárie, a opressão e até mesmo a discriminação e o preconceito.

Acredito que através da educação podemos mudar nossa civilização, ensinando nossos alunos a refletir, questionar, respeitar, amar. Enfim esta na mão do educador proporcionar esta mudança, mas é preciso que isso também aconteça dentro de nós educadores.

Desta forma, é preciso que os educadores invistam numa educação que trabalhe para formar cidadãos críticos capazes de refletir sobre o que esta acontecendo a sua volta, para que não aconteçam mais barbáries e também que os educandos tenham autonomia, construção, diante das atividades realizadas em sala de aula, pensando por si próprios e respeitando as idéias dos colegas.

 

 

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Eixo V

Ao retornar no eixo V, pude rever e refletir sobre os estudos das interdisciplina (seminário Integrador V, Organização e Gestão da Educação, Organização do ensino Fundamental, Psicologia da vida adulta).

Destaco a interdisciplina organização de ensino fundamental, pois esta vem ao encontro de meu TCC. Então darei ênfase a esta disciplina, fazendo uma reflexão direcionada a gestão democrática.     

Através dos estudos conduzidos pela interdisciplina Organização do Ensino Fundamental, foi possível perceber a importância de desenvolver a gestão democrática no sistema de ensino.

A organização escolar em uma perspectiva democrática acontece quando toda a comunidade escolar (alunos, professores, pais, funcionários) participa das decisões tomadas na elaboração de um dos instrumentos pedagógicos, principalmente no que diz respeito ao PPP (Processo, Político, Pedagógico), tendo como objetivo construí-lo de acordo com a realidade que esta inserido.

Segundo a constituição federal de 1988 – Art. 2005

“A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”

Com isso percebe se que a gestão democrática é uma participação vivenciada coletivamente e não individualmente, pois participar não significa apenas estar junto, concordar, mas sim expor suas idéias, apontar caminhos.

A democracia se faz presente no PPP, no regimento escolar, na eleição de direção, no conselho escolar e em todas as praticas efetivas de participação. Democracia é um processo constante de aprendizado e aprimoramento.  

Gestão democrática não se insere num passo de mágica, mas acredito que a escola onde trabalho esta tentando chegar num processo democrático, pois os elementos citados anteriormente se fazem presente na mesma. Penso que este é o caminho certo para se tornar uma escola democrática, pois toda comunidade precisa estar junto, participando, para que assim possam obter bons resultados.

A partir do que foi estudado até agora sobre gestão democrática percebo que ainda falta por parte do governo proporcionar as escolas mais recursos para obter melhores qualidades.

Cabe a comunidade escolar continuar participando e lutando pelos seus objetivos e até mesmo pelas conquistas já alcançadas para se obter um avanço das mesmas.

Penso que a escola tem uma função muito importante, que é tornar o educando em cidadãos críticos e conscientes de seu valor dentro da sociedade, lutando pelo seu direito, em busca da democracia.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Eixo IV

Refletindo sobre os estudos do eixo IV (seminário Integrador IV, Representação do mundo pela Matemática, Representação do mundo pelas ciências naturais, Representação do mundo pelos estudos sociais), destaco a interdisciplina Seminário Integrador, pois esta vem ao encontro de meu estágio curricular.

Matthew Lipman, no “texto “Fazer perguntas”, ressalta “No lugar de envolver a criança no processo de aquisição do conhecimento, o professor com todas as respostas, priva essas crianças do prazer que lhe será útil em anos vindouros, á satisfação de descobrir respostas por si mesmas”

Muitos professores, quando se deparam com questionamentos de seus alunos, ignoram esse desafio que a pergunta poderia proporcionar a ele, dando apenas uma resposta simples e objetiva, o que acaba privando o aluno da busca pelo conhecimento. Não devemos esquecer que o fundamental é desafiá-los, construindo o conhecimento junto com os mesmos, de uma forma investigativa, criativa e participativa. Mas é importante lembrar que os estudos devem partir da curiosidade/perguntas dos alunos, de seus interesses, fazendo com que pensem por si próprios para que neste processo possam construir seu próprio conhecimento.

Neste sentido, proporcionei aos meus alunos um ambiente agradável, abrindo espaço para que a criança se sentisse a vontade a questionar.

A partir da história (curiosidade premiada), de Fernanda Lopes, que contei a meus alunos, perguntei quais eram suas curiosidades.  

 “Educar não é ensinar as respostas, educar é ensinar a pensar”

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Reflexão dos eixos I II III

Fazendo uma leitura das postagens anteriores relacionado aos III primeiros eixos, pude fazer uma reflexão do tema do TCC e as atividades realizadas em meu estágio.

No primeiro eixo foi possível fazer uma ligação da interdisciplina EPPC com tema do TCC, pois ambos falam de planejamento. Já no II e III eixo, fica evidente que as interdisciplinas do curso estiveram presentes dentro das atividades realizadas em meu estágio curricular.

Fazendo um planejamento é possível fazer acontecer à interdisciplinaridade

Como diz Celso Vasconcellos "Planejar é antecipar ações para atingir certos objetivos".

O processo de ensino aprendizagem é um assunto muito sério que precisa ser planejado com qualidade e intencionalidade.  Sendo assim é necessário considerar a realidade, a finalidade e o plano de ação no planejamento.